Lançado em 2017, o Mon Guerlain foi criado como um substituto para o Mon Exclusif, perfume exclusivo da Guerlain, lançado em 2015, e que era vendido apenas nas boutiques das marcas e foi descontinuado em 2017.

Nessa substituição, o perfume foi lançado em uma nova embalagem: a garrafa quadrilobe (formato da tampinha) deles, que foi criada em 1908, e é uma das garrafas icônicas da marca, já usada em alguns perfumes exclusivos e históricos da Guerlain como o Rue de la paix, Vague Souvenir, e que foi lançada colorida na Colour Collection Flacon lançada em 2016.

Obra de Thierry Wasser, perfumista da Guerlain, e Delphine Jelkv(que já trabalhou em outras trabalhos na Guerlain como Neroli Outrenoir, L'Homme Ideal e La petite Robe Noir), Mon Guerlain é uma fragrância baseada em lavanda e baunilha, com outras notinhas cítricas (bergamota) de saída, florais (jasmim e rosa), amadeiradas (sândalo, patchouli) e doces (cumarina, alcaçuz, benjoim).

No site da Guerlain, a marca diz: "My invisible tattoo, my fragrance, Mon Guerlain", ou "Minha tatuagem invisível, minha fragrância, meu Guerlain". Essa é uma explicação muito boa de que é Mon Guerlain. É um perfume doce, que eu classificaria como um oriental aromático, por conta da baunilha doce e da lavanda proeminente, e que se funde com o seu proprio cheiro, fazendo parecer que você não está usando perfume e é naturalmente cheirosa.

Digo "cheirosa" por que, apesar de acreditar que perfume não tem gênero, eu acho Mon Guerlain extremamente feminino, e que exala a sensualidade feminina.

É um perfume bastante versátil, que agrada as mais formiguinhas e as que gostam dos mais fresquinhos, mas, com certeza, é preciso gostar de lavanda.

Eau de Parfum ou Sensuelle?

Para algumas pessoas isso pode passar despercebido, mas a Guerlain lançou em 2017 duas versão do Mon Guerlain: a original e a sensuelle. A original, eau de parfum, foi comercializada apenas no mercado europeu. Aqui no Brasil, a versão que chegou foi a versão sensuelle, também um eau de parfum, mas com algumas diferenças.

Os perfumes abrem bem parecidos, com a lavanda bem proeminente. Entretanto, em menos de trinta segundos, a lavanda acalma (ela sai bem forte, a ponto de atacar minha rinite) e a base mais doce fica a mostra, é quando percebemos a primeira diferença entre os dois. O sensuelle parece ser menos carregado na baunilha, tendo um aspecto mais suave e mais "redondinho".

Nas notas de coração, o eau de parfum tem um aspecto mais carregado de baunilha com cumarina, ou seja, é mais doce. E a nota de lavanda se sente muito discreta, misturada à nota de rosa, jasmim e íris. Já o sensuelle é exatamente o contrário. Você sente uma baunilha doce, misturada à cumarina, com a nota de alcaçuz mais presente, porém, as notas florais aparecem muito mais.

Os perfumes se comportam dessa forma durante quase toda a sua evolução. Ao final, depois de algumas horas de uso, os perfumes ficam muito mais parecidos, com a parte floral já dispersa e a base de baunilha e cumarina mais rente à pele, de forma mais sensual.


Qual deles comprar?

De maneira geral, o que eu posso dizer é que os dois perfumes se parecem muito, porém com diferenças perceptíveis. A primeira é que o eau de parfum tem um fundo mais doce, tem mais presença, e uma maior fixação. Já o sensuelle, apesar de não ser tão pesado, tem uma silagem um pouco maior, porém do lado mais floral do perfume.

Vale a pena ter os dois?
Se você não tem uma coleção, não acho válido ter os dois. Aqui, eu tenho usado o eau de parfum à noite e o sensuelle durante o dia. Mas acredito que as duas versões foram feitas para agradar mulheres diferentes, de climas diferentes.

Se você prefere perfumes florais, mais leves, recomendo a versão sensuelle. Se gosta mais de perfumes doces e quer algo mais versátil, pode investir no eau de parfum.

E vocês? Gostam do Mon Guerlain? Já experimentaram as duas versões? Me contem aqui nos comentários o que vocês acham.

Se você já conhece a história da casa, sabe que todas as fragrância que ela produziu par a linha SPA fazem algum tipo de homenagem à Ordem dos Mínimos, uma ordem religiosa católica que prega a vocação à humildade. (É sério, se você não tá entendendo nada, volta lá no post Le Couvent des Minimes: De onde vem a melhor baunilha do mundo?)

Para você que não sabe, Angelus, ou a Hora do Angelus, é o momento do dia retirado para se rezar em homenagem ao momento da Anunciação (quando o Anjo Gabriel anunciou a Maria a sua gravidez). A Hora do Angelus, na verdade correspondem a três diferentes momentos do dia: às 6 da manhã, ao meio dia e às 6 da noite.

A colônia, entretanto, não foi criada refletindo esse momento de comunhão entre o Deus e a sua criação, mas o momento dentro do convento, em que aqueles sob a Ordem se reclusam para um momento de oração e meditação.

De acordo com o site da marca: 

A colônia possui em suas notas o absoluto de baunilha, óleo essencial de cedro e óleo essencial de cítricos, que oferecem uma fragrância "envolvente, balanceada e rejuvenescedora".

Eu tenho que ser bem sincera, essa fragrância lembra muito a Eau des Missions, com a diferença de que é menos concentrada, e possui uma saída cítrica muito gostosa. Ela foi lançada como edição limitada, depois da descontinuação do Eau des Missions, o que me faz acreditar, que as pessoas devem ter reclamado da ausência da melhor baunilha do mundo, e essa foi uma tentativa de renová-la.

De qualquer forma, é uma fragrância muito gostosa e relaxante. É uma pena absurda que essas colônias tenham acabado. Usarei as minhas com sabedoria. :)

Esse é um dos melhores comentários feitos por Mademoiselle Chanel. Vocês conseguem imaginar uma pessoa tão fanática por algo a ponto de querer desmaiar por encontrar uma peça de arte? É quase como ver uma fã dos Beatles nos anos 1960, ou uma fã dos Backstreet Boys nos anos 1990.

A "coromandelmania" de Chanel fez com que ela cobrisse as paredes do seu apartamento na Rua Cambon, Nº31 com vários biombos coromandel.

Caso você não saiba do que se trata um biombo, são aqueles painéis articulados utilizados para separar ambientes nas casa de outrora. Na maioria das vezes, os vemos em filmes e novelas de época, muito utilizado por damas do entretenimento, para se trocar no mesmo ambiente em que várias outras pessoas se encontram. Durante os séculos XVII e XVIII, os mais caros e bonitos biombos eram exportados através de encomenda, diretamente da Costa de Coromandel, região de faixa marítima no sudeste da Índia. Daí o nome "coromandel".

Um biombo coromandel, normalmente, retrata a arte chinesa em todos os seus ricos detalhes, e Coco Chanel era fã deles. Não por menos, acabou se tornando a referência para essa pérola da perfumaria que é o perfume Coromandel, a quem eu chamo carinhosamente de "gourmand da Chanel"

De acordo com o site da Chanel:

Coromandel foi lançado em 2007, por Jacques Polge, dando início à linha Les Exclusifs de Chanel, ao lado de outras grandes obras, como: Bel Respiro; 31, rue Cambon; 28 La Pausa; Eau de Cologne; e Nº18. Todos da linha foram criados como eau de toilette (exceto Eau de Cologne), e atualmente, são vendidos como eau de parfum.

Coromandel é um perfume considerado um oriental amadeirado feminino. As notas de topo são cítrico, laranja amarga e néroli, as notas de coração são jasmim, rosa, patchouli e lírio florentino, e as notas de fundo são incenso, olíbano, benjoin, notas amadeiradas, almíscar, baunilha e chocolate branco.

Esse é um daqueles perfumes mais pesados, muito compartilhável, amadeirado, resinoso, e que tem a nota de chocolate como uma das principais notas de fundo (é um chocolate super confortável e gourmand, porém aparece muito no final do perfume, depois de umas 8 horas de uso). 

A nota principal do perfume, com certeza é a madeira e o incenso. A saída lembra muito a saída do Coco Noir: o incenso que remonta à época da vida de Coco Chanel em que ela morou em convento. 

O aspecto amadeirado do perfume faz lembrar os cheiro de móveis de madeira antigos. Essa é a principal característica, que remete à costa indiana e ao trabalho chinês nos biombos amados de Coco Chanel.

Um perfume maravilhoso, com uma aura de maquiagem, e que vai aos poucos se tornando mais gourmand. 

Há uma grande chance dos amantes do Ambre Nuit da Maison Dior, adorarem esse daqui.

Como eu contei no post Le Couvent des Minimes: Eau Sereine, recebei há poucos dias duas das fragrâncias que faltavam na minha coleção da Le Couvent des Minimes. E uma dessas fragrâncias é a Eau des Matines, que eu posso dizer ser a minha favorita de todas. <3

Eau des Matines, ou Cologne of Morning, foi lançada em 2015 e é uma fragrância inspirada no amanhecer no Convento dos Mínimos. Algo fresco, que remete ao início do dia, com aquele solzinho saudável para melhor a absorção de vitamina D pelos ossos. De acordo com a marca:

De manhã cedo, o Convento despertou ao som das matinas que anunciavam o início do dia. Enquanto o dia nascia, as Franciscanas Missionárias de Maria cuidavam das suas culturas, no refrescante orvalho matinal. O calor doce espalhava-se e anunciava um dia belo e pacífico em Mane. Eau des Mâtines homenageia esse momento particular do dia, onde a natureza renasce e revela toda a sua riqueza.

Eau des Matines é uma fragrância fresca, bem adstringente, do jeitinho que eu gosto. Na caixinha do perfume, a marca diz que é uma fragrância baseada em manjericão, cedro, laranja e limão. De fato, sinto muita laranja na saída, uma laranja doce e ácida, bem marcante, e muito cedro, o que deixa a fragrância mais "sequinha". Entretanto, eu sinto muito mais nessa colônia. No drydown, eu sinto muita maçã, hortelã (no estilo menta-pasta de dente) e alguma flor branca muito delicada.

Sim. Sinto um frescor que me lembrou muito a menta, e a nota de maçã, um pouco mais doce predomina muito na fragrância. Esse cheiro de maçã pode ser o manjericão misturado à nota mais frutal da laranja.

Mas não fui eu apenas que achei, não. No blog Kafkaesque, no post Couvent des Minimes Cologne of Love (Eau Aimable) & Matines tem uma referência para outros locais dizendo que a lista completa de ingredientes seria: maçã, flor de pereira, menta, manjericão, cedro, laranja, limão e musk.

Diferentemente do Kafkaesque, eu adorei a fragrância. Ela é muito refrescante e tem uma mistura de doce de frutas como a maçã e a laranja, com certa rigidez do cedro, que pode fazer lembrar alguma colônia masculina.

Sobre a fixação da colônia, achei a terceira melhor fixação do range da Le Couvent des Minimes, perdendo apenas para a Eau des Missions e da Eau du Cloître. Em mim, durou umas 4-5 horas muito bem. Na roupa, ficou ainda mais tempo. Entretanto, nas minhas pesquisas por opiniões, muita gente acha que a fragrância não dura muito. Então talvez eu seja uma felizarda.
Achei também uma colônia bem compartilhável, que seria muito bem recebida para quem gosta da Eau des Minimes. Para as meninas que gostam da Eau des Minimes, mas a acham masculina demais, essa é uma ótima opção.

Depois de conhecer essa fragrância e a Eau Sereine eu realmente me senti bem triste de ver esses cheirinhos se perdendo na história da Le Couvent. Sorte que consegui um vidrão dessa de 250ml, e ainda vou poder aproveitá-la por bastante tempo.
Eu ainda quero muito fazer um comparativo com as colônias atuais da L'Occitane. Existe uma fragrância de bergamota com manjericão, que imagino ser parecida com essa aqui. Assim que conseguir sentir todas, venho aqui falar com vocês!

Você gosta da marca? Teve oportunidade de sentir a Eau des Matines? Me conta nos comentários se você vai sentir falta das fragrâncias antigas da Le Couvent.

Hoje eu vim aqui falar sobre os inspirados (ou contratipos) da Ohana Kamalea. 

Adendo: A marca utiliza o termo "inspiração", mas aqui eu estou chamando de "contratipo".

Depois de tanto ver nos grupos de perfume sobre os contratipos dessa marca, eu resolvi testar alguns: Fiz uma primeira compra do English Pear and Freesia, Neroli Portofino e Flowerbomb. Recebi amostras do White Patchouli e do Noir de Noir,a mbos da Tom Ford.

Minha experiência foi tão boa, que resolvi pedir vidrinhos maiores do Neroli Portofino e do White Patchouli. E mais alguns, e vim contar para vocês minhas experiências:

White Patchouli e Neroli Portofino - Tom Ford

Não conheço as fragrâncias originais, mas ainda assim, tenho muito a dizer sobre esses dois. São fragrâncias com uma riqueza de nuances, que, mesmo que não sejam tão parecidos, valem a pena a compra com certeza. o Neroli Portofino é fresco, suave, com muito cheiro de casca de limão. Fixou super bem em mim, e tem sido a fragrância da linha que eu mais tenho usado.

Já o White Patchouli, tem um cheiro rico de patchouli, com muita presença. Fixa bem e também teve uma fixação muito boa em mim (Passou das 12 horas).

Black Opium Edition Blanche - Yves Saint Laurent e Bonbon - Viktor&Ralph

Black Opium Edition Blanche e Bonbon eu não conheço as originais, mas queria muito umas fragrâncias docinhas. Quem me conhece sabe que a maior parte dos perfumes que eu uso são frescos ou orientais. Ainda não posso fazer um comparativo, mas assim que puder, venho aqui comentar com vocês. Por enquanto, o que posso dizer é que essas fragrâncias da Ohana, são muito bons. Suficientemente doces, muito agradáveis. Especialmente o Bonbon, sinto caramelo, um cítrico (de laranja) e uma nota mais pesada, que acredito ser sândalo. Todas essas notas estão listadas no Bonbon original, o que me deixou bem satisfeita com a fragrância.

Já o contratipo do Black Opium Edition Blanche, o que eu mais achei legal é que, assim como o Black opium edp original, ele é mais rente à pele. Ou seja, o contratipo manteve uma característica da própria família do perfume. Espero conhecer ele em breve, para pode falar mais para vocês!

Outras fragrâncias de nicho e designer eu já conhecia e resolvi fazer um comparativo de cada uma delas. Importante lembrar que essa comparação foi feita com as minhas impressões na minha pele. Alguns perfumes (principalmente os de nicho) mudam bastante a depender de cada PH, fazendo que que algumas notas se sobressaiam mais ao nariz do que outras. Por esse motivo, indico sempre o teste na sua própria pele:

English Pear and Freesia - Jo Malone

A abertura do original é mais frutada. Sinto um cheiro de vinho branco fantástico nele. O inspirado aparece mais um cheirinho de sabão-em-pó, mas que se dissipa muito rápido. O contratipo da Ohana tem um cheirinho mais adstringente, enquanto o original um pouco mais doce de fruta. Eles não demoram a se tornarem parecidos, mas essa questão do cheiro um pouco mais adstringente, continua em toda a fixação do perfume.

Noir de Noir - Tom Ford

A fragrância original tem uma força grande no patchouli desde o início: ele tem um cheiro bem amargo na minha pele. O contratipo é um pouco mais alcoolica a abertura. O da Ohana é menos intenso e eles demoram para ficar parecidos. Na minha pele, o contratipo fica bem mais leve, e um pouco mais doce, o que me agrada bastante. Já que acho o noir de noir muito intenso pra mim.

Lado a lado, colocando ambos ao mesmo tempo, a diferença é grande, especialmente no que se refere à pungência (força).

Hypnotic Poison eau de toilette - Dior

Esse foi o que eu fiquei mais impressionada. A saída é super diferente. Mas em coisas de minutos, o contratipo da Ohana fica muito parecido com o HP EDT. A minha versão do HP EDT é a reformulada, de 2016, e, dizem que é um pouco mais fraca que a vintage. Eu adoro ela, acho que se fosse mais forte, eu não conseguiria usar. A versão da Ohana é incrivelmente parecida. A amêndoa é muito parecida. E aquelas notas de fundo de sândalo (que é praticamente igual a do Pure Poison) também existe e permanece muito bem durante o dia. 

La vie est Belle - Lancôme

Esse, a surpresa ficou por parte da expectativa x realidade. Eu não sou muito fã do La vie est belle edp, e juro que peguei essa amostra apenas para trazer para vocês.
A Ohana Kameala mirou no La vie EDP e acertou no Printemps, o a versão de la vie que eu mais gostei. Ele tem a base igual a do La Vie, porém mais suave, e com um abertura mais cítrica. É exatamente o que eu sinto no contratipo da Ohana. Delicioso. Vou pegar um vidro enorme!

Flowerbomb - Vikton&Rolf

O Flowerbomb foi o que ficou menos parecido em mim. Isso por que eu tenho uma pele que alguns perfumes podem ter um cheirinho mais ácido, como o de urina. Eu achava que era apenas o meu nariz, mas já vi alguns youtubers de lá de fora comentando sobre isso também (eles utilizam o termo pissy, que eu acho que é o melhor termo, mas não consigo achar um em portugês). Na lista de perfumes que ficam assim em mim, eu tenho o Chance da Chanel e o Elie Saab edp e intense da Elie Saab. Então, entendam que isso não tem relação com a qualidade do perfume, mas com o ph da MINHA pele.

Isso acabou fazendo com que eu sentisse bastante diferença. O perfume original fica mais docinho em mim. No papel, senti pouca evolução do contratipo. E de fato, sinto o flowerbomb mais docinho e o contratipo mais chipre e um pouco mais alcoólico.
Com o passar das horas, eu vou sentindo chipre se esvair e o perfume ficar mais doce, mais parecido com o perfume original.

Nº5 eau de toilette - Chanel
Mais uma vez, sinto muita diferença na saída do perfume. Nesse caso aqui, achei até que os perfumes não eram parecidos entre si. Pensei em experimentar a versão edt do Chanel e ver se tem algo mais parecido do que com a versão edp. Mas a minha decisão veio bem depois de experimentar os dois (contratipo e edp) lado a lado: Na hora de dormir, minha cama cheirava a puro Chanel Nº5 (a amostrinha derramou um pouco por lá). Na pele, senti mais diferenças e, como amante de todas as nuances do Nº5, me senti um pouco incomodada. Por exemplo, achei um perfume mais puxado pro assabonetado que atalcado, o que não o torna ruim, apenas diferente. Mas no tecido, achei ambos muito semelhantes.
Fazendo um adendo: a minha versão do Chanel Nº5 é a versão eau de parfum, de 2017 (bem mais "fraca" que a versão de antes de 2012). Então não esperem o Nº5 super bomba. E eu achei isso maravilhoso, por que posso usar na minha cidade, que é super quente.
Pra quem gosta de dar aquela borrifadinha de Nº5 na cama, mas tem pena de gastar o original, acho que vale a pena ter esse aqui. :D

De maneira geral, adorei a experiência de comprar esses contratipos. Primeiro pelo atendimento maravilhoso da Sabrina Vieira, e segundo pela qualidade dos produtos.

A marca possui inspirações em fragrâncias diferenciadas como os da perfumaria de nicho. Algo que algumas marcas já começaram, mas que ainda é bem difícil. Além disso são fragrâncias que se assemelham MUITO às originais.
Algumas delas podem ser mais leves que as originais, o que não é necessariamente ruim. Pelo precinho, você pode borrifar mais vezes, sem medo. risos.

As diferenças principais estão nas notas de saída, mas no drydown se assemelham muito. Mesmo as que possuem alguma diferença ainda são fragrâncias deliciosas para usar no dia-a-dia.
A fixação das fragrâncias é ótima! As que fixaram menos, foi cerca de 6-7 horas. As mais fortes, como a do White Patchouli, por até 12, fácil.

Caso vocês tenham interesse em conhecer mais da marca, é só acessar o Facebook da Ohana Kameala Parfum.

Alerta:

Este post não é publi. COMPREI todos os produtos citados e estou dando as minhas impressões, como em todos os posts do blog. Todo e qualquer post que eu venha e escrever em parceria com alguma marca será anunciado como publicidade e usará a categoria de publi.

Da série "felicidade perfumística existe sim!" 

Hoje eu venho trazer a resenha dessa colônia maravilhosa da Le Couvent des Minimes. 

Em maio desse ano, eu fiz um post sobre Le Couvent des Minimes: De onde vem a melhor baunilha do mundo?, um post sobre a marca Le Couvent des Minimes. Comecei, então, uma série de resenhas sobre as colônias dessa marca. 3 delas vieram para o Brasil: Eau des Missions, Eau aimable e Eau des Minimes. Eu gostei tanto das fragrâncias, que fiquei louca para sentir todas as outras. Já estava difícil conseguir qualquer uma delas, pois não apenas a Eau des Missions estava sendo descontinuada, mas toda a linha estava. 

Com a ajuda de uma amiga consegui a Eau du Cloître, que virou uma das minhas fragrâncias favoritas. Já estava imaginando que jamais teria as outras, quando, de repente, um anjo surgiu em minha vida. Dani, amiga perfumeira que mora na Europa, conseguiu comprar os outros dois frasquinhos de duas que eu ainda não tinha. Queria agradecer demais a Dani por trazer pra mim Eau des Matines e  a Eau Sereine, que eu vou falar agora para vocês.
Dani, meu amor! Muito, muito, muito obrigada por ser essa amiga maravilhosa e ter trazido esse babies pra mim!!! <3

Eau Sereine, ou Cologne of Serenity, foi lançada em 2016, e tem como principais ingredientes a lavanda, tangerina, bergamota e cedro. Ela é inspirada nos momentos de meditação e oração das Irmãs Franciscas do Convento dos Mínimos. De acordo com a marca, é um "convite para abrandar, relaxar e viver o momento presente".

Ele abre com a nota de tangerina muito presente, mais ácida do que doce, misturada à bergamota, e é muito bem balanceada pela lavanda. Eu sinto um pouco de fruta, como o mirtilo, azedinha, de fundo. O cedro, deixa a fragrância leve. Uma verdadeira água de colônia.

Definitivamente um cheiro de SPA. Uma fragrância que me lembrou muito a infância com a Colônia d'O Boticário da década de 90, e me lembrou também uma fragrância mais recente do CK IN2U for her da Calvin Klein. Sinto ela perfeita para aquele dia à tarde, em que você passou o dia inteiro na praia, mas ainda se encontra na frente do mar. Uma fragrância muito amável, apesar de não ser tão exótica. Eu como uma apaixonada de fragrâncias mais frescas, amei. Uma pena durar tão pouco na pele. De todas as colônias da Le Couvent des Minimes, achei essa a de menor duração: duas horas, no máximo. E nem na roupa fixa por mais tempo. Ainda assim, fiquei muito feliz com ela. É o tipo de fragrância que limpa seu olfato e te oferece uma sensação de bem estar em casa.

Se eu fosse fazer questão de todas as fragrâncias lançadas pela marca, eu ainda iria atrás da Eau de L'Angelus e a Eau du Prieuré. Mas essas foram edições limitadas de 2017, e eu já perdi as esperanças. Risos. Mas é isso. Ainda estou devendo as resenhas da Eau des Minimes e da Eau des Matines. Podem esperar, que elas ainda vão sair. :)

Noir de Noir é uma fragrância da linha exclusiva Private Blend da Tom Ford e foi lançado em 2007. Ela possui notas de açafrão, rosa, baunilha, patchouli, oud, musgo de carvalho e trufa.

A saída desse perfume é um tanto quanto violenta. Um punch de oud, patchouli e rosas, que, confesso, me deixou um pouco tonta. É um perfume chipre, e faz jus à classificação. A saída é tão complexa, que posso sentir algo quase salgado, em meio a essa saída meio amadeirada, meio verde e muito pouco floral.

Com o passar das horas é que o perfume vai mostrando uma cara mais harmoniosa. Duas ou três horas depois de aplicado, o oud acalma, e é possível sentir a rosa misturada à trufa e à baunilha (que não é daquelas baunilhas gourmands).

Esse é um daqueles difíceis, que você precisa se acostumar para usar. Ele me lembra muito o Narciso Rodriguez for her eau de toilette, com muito mais potência, e bem mais trabalhado: ele tem um aspecto mais terroso, e um pouco amargo, diferente o NR EDT, que parece um pouco mais fácil de agradar.

Um perfume compartilhável, mas que eu vejo muito mais homens usando. As mulheres que apreciam esse perfume são mais ousadas em relação ao perfume. Porém essa ousadia tem como recompensa uma fragrância muito diferenciada.

• Top5 (+1) de Rosas Nacionais #OutubroRosa
• Comparativo: Roses et Reines x Roses et Reines en Rouge #OutubroRosa
• Comparativo: Roses Nuit de Mai da L'Occitane e Chergui de Serge Lutens  #OutubroRosa

Hoje eu trago um "roso" (como eu apelido carinhosamente os perfumes de rosas masculinos).

Vou logo dizendo que, apesar de eu o estar chamando de "roso", esse é um perfume que achei muito compartilhável. E aproveito para comentar que, nos fóruns da internet, muito se comenta sobre como esse perfume foi envasado errôneamente no frasco masculino e o masculino foi no frasco feminino. Risos.

É claro que isso é uma brincadeira, mas o que muitos comentam é que a versão masculina do perfume parece muito mais feminina que a própria versão feminina. Como eu ainda não tenho come fazer esse comparativo (vou em busca de um decant do feminino em breve), resolvi vim fazer a review do masculino mesmo. Afinal de contas, a rosa quer ser democrática, e ter espaço nas coleções dos rapazes.

Lyric Man é um perfume da Amouage, lançado em 2008 e criado por Daniel Visentin.

Nas notas de topo temos bergamota e limão tahiti. Nas notas de meio temos rosa, angélica, flor de laranjeira, gálbano, gengibre, noz-moscada e açafrão. Nas notas de fundo temos pinho, sândalo, baunilha, almíscar e incenso.

Lyric Man é um perfume muito fresco. Ele abre com uma explosão de notas cítricas, proporcionadas pelas notas de abertura, além do gengibre, que se sente desde o início. A rosa aparece de maneira suave, mas presente, misturada às notas mais frescas.

Com o passar do tempo, em sua evolução, a gente começa a sentir o almíscar, as notas mais verdes, como o pinheiro e o gálbano. O sândalo, a baunilha e o incenso, promovem uma "aura" mais obscura ao perfume. Eles não aparecem com muita força, mas parecem fazer um plano de fundo para as notas frescas. Definitivamente, eles parecem estar ali pra definir o perfume como masculino.

Se fizéssemos uma comparação com os perfumes femininos de rosa mais frescos, trabalhados com cítricos, nós percebemos que eles têm um ar mais jovial e primaveril. Lyric Man passa longe desse ar primaveril. É um perfume mais fresco, típico de verão, porém com um ar mais denso, quase como a chegada do outono. 

Como eu disse no início, acho um perfume muito compartilhável. Fica ótimo para os homens, e as mulheres que gostarem do Narciso for Her Eau de Toillete podem se interessar por esse perfume.

Eu, particularmente adorei. Queria um na minha coleção hoje mesmo.

Já conhece o Lyric Man? Tem outros Amouage para sugerir? Conta aqui nos comentários!

Desde que eu conheci a Reminiscence, com o Vanille, fiquei louca em conhecer outras fragrâncias da casa. A Reminiscence Paris é uma marca de jóias que começou na década de 1970, em  Paris. As suas peças de jóias são conhecidas por manterem uma vibe hippie, vivida em Londres, da época em que a marca foi criada.

As fragrâncias parecem seguir a linha hippie-chic, sendo mais leves, mas com aquele toque de elegância.

Não conheço ainda todas as fragrâncias da casa, mas há algum tempo, fui apresentada a essa fragrância que vou comentar hoje, pela amiga Marilda.

Como todas as fragrâncias comentadas esse mês, o Love Rose, é uma fragrância com base de rosas.

O perfume abre com uma nota muito natural de rosa, bem fresca, com uma nota de íris também bem natural (não o acho atalcado, como a maioria dos perfumes de iris). Essa íris mais fresca eu encontro também no Esta flor Iris, da Natura. Ela parece quase com algo cítrico, mas é pura íris.

Com o tempo, o perfume vai desenvolvendo, trazendo a rosa para um outro patamar. A nota de couro aparece. Essa nota de couro, no entanto, é algo muito mais suave, como a camurça que eu comentei na resenha do Vanille.

O musgo e o jasmim são muito suaves, quase não aparecem em mim.

É uma fragrância que tem uma vibe mais fresca, mais "férias em Santorini". Perfeita para ser usada em dias mais quentes.

Apesar das notas de de iris e couro junto com a rosa, não acho que seja o tipo de fragrância que poderiam classificar como "desafiadora". Acho, na verdade, que pode agradar facilmente os amantes de rosas, e aqueles que nem gostam tanto assim da nota.

Apesar de não acreditar que perfume tenha sexo, acho que é um perfume que vá agradar mais às mulheres. No entanto, por conta do frescor que a iris proporciona, não acharia estranho sentir essa fragrância em um rapaz. da amantes de rosas.

A fragrância tem uma ótima fixação. Fiquei fascinada por ela. Uma rosa diferente das que eu tenho aqui. Bem elegante.