Chergui: O Pequeno Príncipe do Marrocos
Esse foi um blind solene. Recomendado pela minha querida Erika. Eu que sempre fui chegada a um limãozinho mais calmo, me sinto engraçada provando perfumes especiados e gostando!
Adentrando ao mundo dos nichos e exclusivos, me deparei com fragrâncias inesquecíveis. Já torci muito o nariz para algumas fragrâncias delas, mas como não gostar de algo que te transporta a milhares de quilômetros, ou a décadas atrás, e até décadas à frente?
Chergui me levou ao meio do deserto do Saara, em meio a conversações com O Pequeno Príncipe. Aquele mesmo que não sabemos se salvou o Antoine de Saint-Exupéry, ou se foi a personificação da sua própria insanidade em meio ao deserto, sem água.
Nessa fragrância, de início, temos a secura do deserto (chamar de "falta de umidade" é um eufemismo que eu dispenso): senti quase como um azeite de oliva escorrendo da garrafa. Essa secura logo abre espaço para o cheiro das especiarias da cidade mais próxima. E pra falar a verdade, essa cidade, você nem sabe se é real, pode apenas ser um oásis, por que as especiarias, agem como um portão para a doçura que vem por fim, como um calor reconfortante, e permanece o restante do dia.
Merci, Oncle Lutens.
Esse é, com certeza, o meu Pequeno Príncipe da coleção. Afinal de contas, me cativou.
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