Jersey Les Exclusifs de Chanel


Se tem um perfume que eu posso dizer que conquistei, esse perfume é o Jersey da Chanel. Namorei ele por muito tempo antes de ter uma miniatura e depois comprar o vidro.

Jersey é um perfume que transmite conforto, delicadeza, e a sensação de ar livre para quem usa. Antes de o conhecer, fui apresentada a ele como o conceito de "roupa limpa" (pelo queridão do Gustavo Farias do Odorteca), coisa que eu concordei assim que o senti pela primeira vez.

Ele foi criado em 2011 como eau de toilette, para a linha Les Exclusifs de Chanel, ou seja, vária décadas depois da morte de Coco Chanel. Ainda assim, é um perfume que exala elegância, assim como ela. Em 2014 foi relançado na versão pure parfum, e em 2017 na versão eau de parfum, durante a descontinuação do eau de toilette da linha exclusiva. Os nomes que assinam essa fragrância é o de Jacques Polge e Christopher Sheldrake.

O conceito de Jersey está ligado ao tecido Jersey, que Coco Chanel ajudou a popularizar na década de 1920, utilizando-o em várias criações de vestuário de luxo trazendo conforto para as mulheres da época (jersey era o tipo de tecido, feito de lã, que era utilizado para produção de roupas íntimas).

No site da Chanel, ele é descrito como "uma roupa olfativa". Conceito preciso.
Ainda no site da Chanel, sobre o Jersey é dito que:
JERSEY, um aromático floral atalcado, oferece uma lavanda suave e refinada, de uma qualidade rara. Vestido de almíscares brancos, enfatizada com um toque de baunilha, perde seu ar de menino e se revela floral.
Eu acho essa descrição perfeita para ele, pois, como todos os perfumes da linha exclusiva da Chanel, Jersey tem um lado mais masculino e um mais feminino, o que o torna completamente compartilhável. Em sua composição, temos o melhor da lavanda italiana, adicionada uma baunilha bem sequinha (nada gourmand), de fundo. Essa baunilha seca no drydown de maneira sublime, sem deixar o perfume doce, mas o aquecendo o suficiente como um abraço.

A abertura dele é mais seca, amadeirada, como uma colônia masculina feita da melhor lavanda. Essa abertura fica bastante tempo na pele, e acho que é o que faz lembrar essa sensação de roupa limpa a quem todos se referem.

O perfume ainda conta com o almíscar, flores silvestres, rosa, jasmim, fava tonka e notas de grama. Mas todas essas notas estão tão bem misturadas que o que ressai, realmente é a lavanda e a baunilha. Nada nesse perfume parece sair do lugar, ou parece ter sido adicionado em exagero. É a perfeita fragrância de equilíbrio entre o mundo e o indivíduo.

Em relação à projeção, não é um perfume que projete muito. Assim como a maior parte dos perfumes da Chanel, eles são mais rentes. Normalmente recebo elogios dos amigos mais próximos, quando sou cumprimentada.
Em relação à fixação: 10 horas fácil em mim. Mas é o tipo de perfume que talvez não tenha um desempenho satisfatório para alguns narizes.

Esse é um dos meus favoritos da casa Chanel, e achei que merecia uma resenha aqui no blog. Caso você tenha dúvidas sobre outros perfumes, é só deixar nos comentários.


P.S.: Algumas pessoas gostam de comparar o Jersey ao Beige (também da linha exclusiva), no entanto, eu acho uma comparação um pouco descabida. Posso vir a comparar os dois futuramente, aqui no blog se vocês tiverem interesse.
É só deixar nos comentários.

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